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sábado, 15 de setembro de 2012

Eu andarilho do Tempo

Às vezes, na solidão extrema nos defrontamos com pensamentos errantes. Postos a prova em circunstâncias que nada possuem de lógica, questionamos todas as ciências e culturas que tentam explicar nossa existência. Não dá pra duvidar de Deus, porque eu estou aqui. Mas a busca pelo sentido, às vezes, se embaraça pelas entranhas mais negras da alma. Os sentidos que pareciam dar razão as coisas, nessa hora, desaparecem por completo. Apenas o silêncio do mundo, e o silêncio interior gritam de forma ensurdecedora, tentando alertar-me sobre qualquer coisa que eu não queira ver. A noite que chega novamente, com seus monstros e fantasmas quase invisíveis dizendo e mostrando coisas que não se pode entender com clareza. Um emaranhado de teias intelectuais incapazes de vir à compreensão nítida da alma. Os olhos que enxergam um limite físico imposto pela noite, enquanto a mente acelera as que durante o dia teimarão em dar mais alguns passos rumo ao futuro. Que futuro será esse? Apenas a fé alimenta a alma arredia que mistura a noite e o dia, numa teimosia quase insana de mostrar a lógica sequencial das coisas que haverão de sobreviver. Essa é a vida de um andarilho do tempo... Um eu teimoso que às vezes se anula para fazer-se ver coisas que não se quer ver. Nessas vezes, mostrar luz a cegos parece uma missão impossível, pois o andarilho verá sequer o real resultado dessa ação. Mas é assim que os andarilhos do tempo vivem. Como abelhas, acumulam pólen em suas patas para fecundar uma nova flor. E a alma não pode ceder...

Semelhante: Data de Validade (A Ditadura do Mau)

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