Seja Bem Vindo!

A democracia é um sistema sustentado por quatro pilares: a mentira, a hipocrisia, a falsidade e a amnésia!

domingo, 30 de outubro de 2011

Dias e Dias

Sempre que eu acordar

Olhar

Esperar

Não te ver



Sempre que eu retornar

Procurar

Observar

Não te encontrar



Sempre que eu disser

Amor

Paixão

E você não escutar



Vai ser um dia a menos

Que vivi

Sobrevivi

Passei... enfim...



Que perdi!

sábado, 29 de outubro de 2011

Bela Menina



Dorme bela
Sono tranquilo
Um sonho lindo
A lhe envolver.
Pele alva
A luz do sol
Lua bonita
A lhe cobrir.
Dorme e encanta
A lente ativa
Que fotograva
Beleza viva,
Para envolver
Nossos olhares
Com sua beleza
Tão feminina.
E a inocência
Não tão menina
Que de meus olhos
Olhares roubam
Mesmo distante
Por uns instantes
Extasiante
Bela menina.

domingo, 23 de outubro de 2011

Caminhando

Queria poetizar
Delinear os contornos dos nossos sentimentos,
Poder apalpar
As coisas que amiúdam meu coração
Para as outras coisas do mundo.
Poder entrar nas janelas de seus olhos
Para habitar completamente
Em você...
Caminho cada passo
Eu sua direção,
Pois sou um homem forte
Capaz de te dar proteção,
Mas homem frágil
Capaz de te pegar
Deitar-te eu meu colo
E cantar o amor para você
Sem qualquer temor.
Vou escalar cada degrau
De seu coração
Vou alcançar o trono
Do para sempre
Que há em sua alma
Desde o seu nascimento.
E quando beijar seus lábios
Vou impregna-los do gosto
Agridoce do amor
Que inunda a minha alma
Enche meu coração
E comanda o meu pensamento
Que em uma única voz
Repete a todo instante:
Sou de você...

sábado, 15 de outubro de 2011

O Ser Existencial do Amor

Aqueço-me em meus vagos pensamentos
Não vagos por não pensar integralmente
Mas vagos por seus olhos serem cegos
De imagens realistas de memória...
Deponho no grande júri da esperança
Lembrança do que não me foi vivido
Que embora esteja vívido em Minh’alma
Não foi presenciado por meus olhos.
Meus olhos que as memórias me enganam
Mostrando-me minhas divagações
Em solo fértil eu me deleitando
Em vales, montes e em depressões.
A fruta que os meus olhos me contemplam
De agua enche a boca da ilusão
Provocando uma sede insaciável
Me dando o sabor doce do mel
Fazendo-me sentir o seu sabor
Cheirando o perfume da primavera
E a delicadeza de uma flor.
A dor, a dor, a dor é de renúncia
Que em nada vai forçar-me a fazer
Deliro então nos sonhos mais bonitos
Nos sonhos que me elevam até você.
O cheiro, o cheiro, a pele, o cheiro puro
Inalo sem pudor, inalo enfim,
Sugando as sensações desse obscuro
Desse obscuro sonho que há em mim.
Renego?
Não renegarei a vida
A vida que meu sonho construiu
E fez-me aqui chegar com tanta garra
E deu-me a chance de me redimir.
Agarro-me então na própria força
Como um autômato de força em mim
Querendo acreditar e acreditando
Que tudo então terá um belo fim.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

O Céu de Um Poeta

A mente de um poeta é um céu
Ora azul e límpido,
Ora nublado e negro.
Um céu onde brilham estrelas cintilantes
Mesmo que por debaixo de uma tempestade.
Onde nuvens brancas fazem jorrar chuvas de palavras,
Onde nuvens negras fazem trovejar palavras e chuvas.
O céu de um poeta
É o mundo em sua volta,
Com suas nuvens brancas
Com suas nuvens negras.
Onde a vida troveja coisas tristes,
Onde a tristeza frutifica alegrias...
E a complicação de tudo
Se descomplica em seus versos ferinos,
Perseguidores das almas secas
Incapazes de sensibilidades.

domingo, 9 de outubro de 2011

Sem Rede

E nada além do que de repente, tudo para.
O sol escurece
A orquestra fica muda
As flores murcham
A lua se quebra como uma bola de cristal barato.
Como se a vida pedisse uma pausa
Como se fosse possível usar uma borracha
Para apagar as pegadas cravadas na vida;
E das lágrimas que tecem a saudade
A angústia de não saber os porquês...
Água salgada que banha a pele trêmula do rosto
Malogrado pelo silêncio das coisas que...
Uma porta que de repente parece não levar a lugar algum
Mas que foi promessa de um novo caminho.
É o ocaso,
O sol que parece não nascer mais
Uma terra que não receberá mais chuva
A fonte que secou
Não haverá mais rios para evaporar o líquido
Transformar em nuvens e depois fazer chover
A chuva da vida
A água que fertilizaria o solo que agora é árido.
A sensação de derrota
Desprezo
Solidão...
Não haverá mais risos
Sorrisos
Sonhos
Vida
Essa coisa besta que nos faz ser o que somos
Mas que somos somente quando estamos umedecidos
Pelas águas desse sentimento lindo, fértil,
Apenas um gosto amargo de lembranças
Até que
De alguma forma
O sol rompa as barreiras do negrume
E ilumine
Brilhe
Faça renascer o viço da vida...!

terça-feira, 4 de outubro de 2011

A Casa e a Tempestade

Queria mesmo é que o tempo esculpisse em você
No espaço que resta daquilo que você nunca quis;
Sucumbisse em sua alma esse molde que em mim é voraz
E preenchesse as lacunas que hora se fazem surgir.
Que nos umbrais das janelas cravassem meu nome enfim
Como grife de um coração que não se venderá
Mas valora seu corpo, seu viço, seu se for capaz...
E se crava na vida que vaga em dúvida atroz.
Esse redemoinho gigante que tanto vento traz
E que surge do nada tentando varrer os umbrais;
As janelas que batem suas abas
Com o vento atroz
Que ecoa com surda rotina e força feroz
Nesse campo florido, o campo bonito de nós!
Mas
Se as paredes não forem concreto e ferro enfim
Se na laje as telhas estiverem só ao deus dará
Se as portas sem trancas, sem calço estiverem assim...
Sem calçadas em volta da casa pra terra ficar
Não importa a mansão que tentamos então construir
A enxurrada e o vento sem dó sem pudor levara
A ruína da casa tão bela que se construiu
Em entulhos
Lembranças
Saudades
Se transformará.