E nada além
do que de repente, tudo para.
O sol
escurece
A orquestra
fica muda
As flores
murcham
A lua se
quebra como uma bola de cristal barato.
Como se a
vida pedisse uma pausa
Como se
fosse possível usar uma borracha
Para apagar
as pegadas cravadas na vida;
E das
lágrimas que tecem a saudade
A angústia
de não saber os porquês...
Água salgada
que banha a pele trêmula do rosto
Malogrado pelo
silêncio das coisas que...
Uma porta
que de repente parece não levar a lugar algum
Mas que foi
promessa de um novo caminho.
É o ocaso,
O sol que
parece não nascer mais
Uma terra
que não receberá mais chuva
A fonte que
secou
Não haverá
mais rios para evaporar o líquido
Transformar em
nuvens e depois fazer chover
A chuva da
vida
A água que fertilizaria
o solo que agora é árido.
A sensação
de derrota
Desprezo
Solidão...
Não haverá
mais risos
Sorrisos
Sonhos
Vida
Essa coisa
besta que nos faz ser o que somos
Mas que
somos somente quando estamos umedecidos
Pelas águas desse
sentimento lindo, fértil,
Apenas um
gosto amargo de lembranças
Até que
De alguma
forma
O sol rompa
as barreiras do negrume
E ilumine
Brilhe
Faça renascer
o viço da vida...!
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