Seja Bem Vindo!

A democracia é um sistema sustentado por quatro pilares: a mentira, a hipocrisia, a falsidade e a amnésia!

quarta-feira, 5 de abril de 2017

UTOPIA NACIONAL


Estranho sopro de nostalgia
Doe na alma a nevralgia
De um holocausto lancinante
E imoral.
Perversa fonte de prazeres
Que entorpece a natureza
Que ofuscada a beleza
Deixa de ser natural.
A falsa idéia de sucesso
O retrocesso que se diz progresso
A carne dura da cabeça
Cerebral.
Enrijecem-se as ternuras
São cobradas em faturas
Contas altas, dolorosas
Patronal.
Quem é o dono dessa roça
Que nem se planta e nem se caça
Onde se cultiva a pirraça
Irracional?
Estranho sopro de nostalgia
Que me enlouquece dia após dia
Conduzindo-nos para uma via

Faltal...

domingo, 2 de abril de 2017

EIS NOSSO GRANDE PROBLEMA


Hoje saí para comprar uma mozarela e conversando com o vendedor da loja de frios ele, naturalmente, iniciou uma prosa de propaganda do produto que ele vende.
Boa prosa, mas o que me chamou a atenção foi ele dizer que as muzarelas pastosas que temos comprado por ai, são feita com fartas porções de amido. Se aquecidas tem a elasticidades das muzarelas, mas quando esfriam viram borracha.
Lembrei das muzarelas que comia nas macarronadas de domingo quando ainda criança, na cidade de São Paulo. Elas esticavam e tínhamos que levantar o garfo, enrolar, levantar de novo e repetir o processo até ela se separar para então comermos.
Era uma delícia, tinha sabor, tinha elasticidade e textura. Dava prazer comer aquela macarronada que já tentei reproduzir várias vezes aqui em casa, mas com total insucesso. Sempre seguida da frustração de achar que sou um cozinheiro que sequer consigo fazer uma macarronada igual a época dos meus pais.
A geração mais nova, em sua maioria, nem sabe de que macarronada estou descrevendo.

Enquanto conversávamos lembrei de um vídeo que assisti pelo watsapp e por isso não sei o nome do autor. Mas ele fala de todas essas mazelas que estão acontecendo, como o escândalo da carne, da cerveja, da previdência, do papelão e os inúmeros que são do conhecimento de todos.
Ao final ele fala que esses problemas não são os reais problemas. A realidade está apontando para uma direção que nos recusamos olhar e que não tem nada a ver com os produtos adulterados.
O real problema de tudo isso que está acontecendo, é problema de CARÁTER.

Conclui, então, que o ingrediente que falta para que a minha macarronada fique igual a da época dos meus pais se chama caráter. E quem diria que um dia esse ingrediente que deveria ser uma obrigação em qualquer fórmula, fosse impedir que nossas receitas alimentícias não pudessem sair como a receita?

terça-feira, 7 de março de 2017

VALORES HUMANOS

Outro dia ouvi o personagem Dr. House do seriado homônimo dizer que a religião não é o ópio das pessoas, e sim o placebo. Refleti sobre aquelas palavras, por se tratar de um personagem que vive constante conflito entre Deus existir ou não. Logo encontrei muita sabedoria naquelas palavras.
A religião, seja ela qual for, não promove nenhuma cura ao indivíduo. Ela apenas serve de acalento para almas desamparadas, e/ou desnorteadas que buscam algo que as façam conseguir continuar. Assim, ela não pode, em hipótese alguma, ser considerada o ópio.

Isso parece polêmico e contraditório, eu sei. Mas se não houver a aceitação do indivíduo daquilo que ele presencia na religião, nada acontecerá. O ópio, que considero o conteúdo transformador do indivíduo, são os Valores. Nesse caso, a religião se torna o placebo que extrairá forças e recursos para que o indivíduo promova sua própria cura, através do cultivo dos Valores.

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sábado, 4 de março de 2017

QUARESMA...!

Estive ouvindo algumas pessoas falando sobre a quaresma. Perguntei-me sobre o que é a quaresma? Te pergunto, você sabe o que é a quaresma?
Não quero aqui demonstrar desrespeito ou desonra a crença de ninguém, pelo contrário. Quando questiono o que é a quaresma, estou incitando cada um a refletir seu verdadeiro significado. Estou apelando para que cada um que ler esse texto e queira, refletir se está se penitenciando com alguma coisa que realmente tenha valor e efeito transformador na sua vida.
Algumas pessoas não comem carne na quaresma. Eu pergunto: qual o fundamento de não se comer carne na quaresma? Isso vai te melhorar como pessoa em algum aspecto?
Outros preferem ficar sem beber alcoólicos... e quando a quaresma passar? Será que no sábado de aleluia você é daqueles que sai para as festas e enche a cara até ter um coma alcoólico? Se for desses, lhe pergunto: de que valou a quaresma? Uma desintoxicação do fígado?
Cada um faz o que quer da maneira que quiser... desde que não esteja prejudicando o seu próximo, ninguém tem o direito de criticar. O que estou tentando passar é a mensagem de que, se temos uma quarentena que nos auxilia na penitencia para correção e/ou melhora em algum aspecto, é fundamental que se escolha algo que realmente faça diferença em sua evolução como pessoa.
Inveja – se tenho a má tendência de desejar as coisas alheias, porque então não me proponho a passar esses quarenta dias buscando o entendimento de que cada um tem o que merece?
Fofoca – se tenho o mal hábito de falar das outras pessoas sobre coisas que não me dizem respeito, porque não decidir passar esses quarenta dias me policiando para não falar de ninguém, buscando o entendimento de que cada um é o que é cabendo somente a ele o esforço de se corrigir se for necessário?
Julgamentos – se tenho o hábito de avaliar as atitudes das outras pessoas baseando-me somente naquilo que acho ser o correto (mas que nem sempre eu mesmo pratico), porque não passar esses quarenta dias me esforçando para aceitar as pessoas como elas são, entendendo que cada um tem sua própria forma de entendimento?
Porque não passar a quaresma auxiliando aqueles que necessitam de algo que eu possa oferecer, para que findo esse período pelo menos uma pessoa tenha compreendido o amor e a caridade baseando-se nas minhas atitudes?
Tudo isso temos que praticar no nosso dia-a-dia, mas se temos dificuldades, a quaresma é um período adequado para começar.

Sempre digo que não sou exemplo para ninguém, e nem tenho essa pretensão, mas procuro fundamento nas coisas que pratico, pois somente assim consigo criar forças para dar um passo a mais na minha evolução. 

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QUAIS SÃO SUAS TENTAÇÕES? (1ª TENTAÇÃO – VOCÊ TEM FOME DE QUÊ?)

Depois de quarenta dias com fome Ele é posto a prova: “Se Tu és o Filho de vive o homem”.
Ficar com fome é algo muito ruim. Geralmente nos enfraquecemos em todos os sentidos quando somos afetados pela fome. Estou falando da fome física que nos afeta várias vezes no mesmo dia.
Existem fomes mais perigosas do que a fome física. A fome de amor transforma as pessoas em seres carentes e vulneráveis. Acredito que seja uma fome invisível e que esteja mais presente na vida de cada pessoa. Amor de pai/mãe, amor fraterno, amor afetivo(carnal), enfim; existem muitas formas de amor que as vezes nos faz falta.
Fome de riqueza que está presente com maior ou menor intensidade em cada um de nós. Entretanto, existem pessoas que são insaciáveis e não conseguem controlar. A corrupção é o pior efeito colateral dessa fome, e capaz de prejudicar multidões.
Fome de beleza que tem afetado cada vez mais os seres humanos e acredito que venha, em partes, como efeito colateral das conseqüências geradas pela fome de amor. Preciso estar bonito(a) para ser notado(a).
Vou deixar que você nomeie as demais fomes para não me tornar cansativo. O fato é que saciar a fome não soluciona os problemas de nenhum indivíduo. Além da fome existem muitas outras coisas que devemos levar em conta. Já passei fome física e estou aqui muitos anos depois escrevendo isso.
O equilíbrio é necessário em tudo o que fazemos e que nos afeta. Quando cedemos a nossa fome (e estou me referindo aquela que se destaca entre todas as nossas necessidades), passamos a focar em apenas uma coisa que desvirtua o nosso crescimento como pessoas.

QUAIS SÃO SUAS TENTAÇÕES? (2ª TENTAÇÃO – QUANTO CUSTA SUA AMBIÇÃO)

A segunda tentação de Cristo na montanha foi: “Eu te darei todo poder e riqueza destes reinos, porque tudo isto foi entregue a mim, e posso dá-lo a quem eu quiser. Portanto, se ajoelhares diante mim, tudo isto será teu. “Jesus respondeu: “Você adorará o Senhor seu Deus e somente a Ele servirá.” (Mateus 4: 6,8)
Olhando essa passagem parece ficar claro que tudo o que há no mundo é propriedade do “demônio”. Sei que por ai alguns pseudocristãos se utilizam desse equivoco para usurpar dos ”inocentes” (porque não passam de grandes ambiciosos disfarçados) seus bens materiais.
Tudo o que foi colocado aqui é como providência Divina para o usufruto de nós, filhos do Divino. Como poderia pertencer ao “demônio”? Naquele momento, e na forma jocosa da oferta sim... pertencia ao “demônio”. Porque? A proposta era que Jesus se utilizasse do seu poder para conquistar tudo aquilo que quisesse... naquele caso, o mundo inteiro se tornaria seu.
Creio que fica muito fácil perceber a diferença entre obter, de forma lícita, os recursos que estão ao nosso dispor; ou obtê-los pelas mãos do “demônio”. Vejo aqui esse “demônio” como a nossa ambição desenfreada que nos faz passar por cima de qualquer Ser para obtermos aquilo que desejamos.
Qual é o tamanho da sua ambição?

LEIA TAMBÉM: QUAIS SÃO SUAS TENTAÇÕES? (3ª TENTAÇÃO – COMO VOCÊ USA O SEU PODER?)


QUAIS SÃO SUAS TENTAÇÕES? (3ª TENTAÇÃO – COMO VOCÊ USA O SEU PODER?)

Jesus estava em Jerusalém, na parte mais alta do Templo. O “demônio” Lhe disse: “Se Tu és Filho de Deus, joga-Te daqui para baixo. Por que a escritura diz: “Deus ordenará a teus anjos a teu respeito, que te guardem com cuidado. ... Eles te levarão nas mãos, para que não tropeces em nenhuma pedra.” Mas Jesus respondeu: “A Escritura diz: “Não tente o Senhor teu Deus.”” (Mateus 4: 9,12)
Todos nós detemos algum poder. Seja perante a família; seja perante os nossos amigos, seja no nosso trabalho, na comunidade, enfim... ninguém é desprovido de todo poder.
O que geralmente acontece é que não nos conscientizamos do poder que temos; o que é muito bom. Mas muitos de nós, em determinado momento, passamos a ter consciência desse poder.
Ter poder é muito bom quando temos discernimento e humildade. Ter poder sem saber como utilizá-lo é tão ruim para quem o possui, quanto para os que forem subjugados por ele. O poder vicia o nos transforma em dependentes do mesmo, como se este fosse uma droga tão nociva quanto cocaína, crack, o álcool ou qualquer outra droga material.
O grande problema do poder é que ele é intangível. Onde começa e onde termina o poder de determinada pessoa? Sem discernimento e humildade, o poder se torna tão agressivo e vigoroso que cresce sem critérios, e se perde sem que saibamos pra onde foi.
Se temos poder em pequenas coisas, é a manipulação desse poder que nos dará o mérito de sua ampliação. Quando não conseguimos administrar nem o pouco que temos, então é o momento de usar um período como a quaresma para refletirmos e exercitarmos esse poder de forma lícita e construtiva.

Quanto poder você possui?

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domingo, 26 de fevereiro de 2017

MATEMÁTICA DA VIDA (RELACIONAMENTOS)

Relacionamentos também possuem sua matemática. Certa vez meu senso de compreensão me disse que o amor é de um só. Muitas vezes um vai achar que ama mais que o outro, mas o outro também acaba achando que ama mais que o um.
Somos assim, seres simples e complexos ao mesmo tempo. Simples porque a fórmula é somente uma e básica. Complexos porque possuímos sentimentos que atrapalham muito a nossa composição.
Orgulho é um sentimento que nos faz querer sempre estar por cima em qualquer situação. É a força propulsora do nosso ego(centrismo). Faz-nos, inclusive, negar o óbvio se o óbvio não estiver em nosso favor. É a força aplicada na 3ª Lei de Newton que nos leva para a arrogância.
Arrogância que é a força propulsora da vaidade. Se mereço sempre mais, porque então aceitar o pouco que me é ofertado? Não vou me arriscar e correr o risco de ser ridicularizado perante todos... não quero, não posso, não faço porque isso está abaixo do meu mérito.
Preguiça é um sentimento que parece não caber nesse assunto. Mas acreditem que a preguiça é a força propulsora da falta de motivação. Se relacionar-se com outra pessoa não é fácil, opto então por aplicar a lei do menor esforço evitando a minha fadiga emocional, e acreditando que o investimento do outro será suficiente para os dois.
Falei do motorista de ônibus na crônica ACREDITAR (sob ponto de vista do motorista), mas nesse caso vou fazer a analogia ao avião.
Imagine que o avião é o relacionamento, e que as partes humanas do relacionamento são as turbinas. Viajar de avião, se parar para pensar coerentemente, é uma aventura muito arriscada. Os veículos de solo quando acidentados, permitem que seus passageiros sejam poupados da morte na maioria das vezes. O transporte aéreo não é assim, a não ser nos casos em que há intervenção Divina.
Escolhi o avião por esse motivo. Quando entramos num relacionamento, na maior parte das vezes de corpo e alma; iniciamos uma viagem perigosa que se não der certo, mata alguma coisa dentro de nós. Nunca um lado conhece o outro o suficiente para dizer: isso vai dar 100% certo. Por isso, comparo a uma viagem de avião.
Imagine você se um avião decolar com as turbinas funcionando sem sincronia. Imagine essas turbinas independentes e com vida própria sendo uma delas bem marrenta.
- Vamos subir? – uma pergunta a outra.
- Sim, vamos!
Colocam todas as suas energias em ação para alçar aquele que se imagina, será um belo vôo...
Mas imagine se ao alcançar determinada altitude uma das turbinas pensa. “Posso dar uma descansadinha, porque a outra turbina está a todo vapor”, e essa turbina realmente entra em repouso. O avião, com certeza, não vai cair. Mas se essa turbina gostar do estado de descanso e achar que ao invés de trabalhar pelo vôo juntamente com a outra, acreditar que merece observar o céu, as nuvens, os pássaros mais abaixo, enfim, permanecer inerte em sua função de turbina.
Uma hora esse avião vai entrar numa turbulência. Uma turbina que está desligada, não consegue ser acionada de repente e entrar em trabalho de vôo para vencer a turbulência que pode ser crucial naquele trecho do vôo.
Na matemática da vida nos relacionamentos, somos as turbinas. Se não mantivermos a sincronia de funcionamento para proporcionarmos um vôo seguro, o avião pode até cair. Os filhos, os familiares, são os passageiros desse nosso avião (isso precisamos ter sempre em mente). Quando durante o percurso uma turbina tiver algum problema, será fácil aliviar sua participação no vôo até que seja feita a manutenção, caso elas sempre trabalhem sincronizadas. Se em determinado momento uma tiver que funcionar sozinha, ela não estará esgotada, porque ambas trabalharam todo o tempo juntas aliviando as demandas inerentes ao movimento do avião.

A 3ª Lei de Newton fica clara nesse caso. “Toda a força que um corpo(avião) recebe é conseqüência da força(turbinas) que ele aplicou”.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

A MATEMÁTICA DA VIDA (O TRABALHO)

Matemática não é apenas uma disciplina escolar. Seu uso não é necessário somente nos diversos segmentos da engenharia, física e afins. A vida tem a sua matemática, com resultados tão exatos quanto os resultados numéricos.
A diferença da matemática da vida é que suas fórmulas têm aparências subjetivas, e por isso acabamos não levando tão a sério como deveríamos. E os resultados que seus cálculos apresentam, trazem uma complexidade que nos dá preguiça involuntária de avaliarmos.
Na física tem a 3ª Lei de Newton que é a lei da ação e reação que diz: “Toda a força que um corpo recebe é conseqüência da força que ele aplicou”. É uma teoria que proporcionou muitos avanços na ciência, mas que deveria ser aplicada nas nossas ações subjetivas.
Se quiser impulsionar um foguete, por exemplo, necessito aplicar uma força oposta a direção que desejo que o foguete tome, para impulssioná-lo. Se eu quiser aplicar uma força para a mesma direção, o foguete jamais sairá do lugar. Permanecerá na inércia, por falta da força propulsora.
A vida está dividida em diversos segmentos. Hoje falarei do trabalho. Trocamos nossa força propulsora pelo salário. Mas parece que a 3ª lei de Newton não funciona tão bem aqui. Parece que quanto mais força física se coloca no trabalho, menos recebemos.
Mas será que os nossos resultados no trabalho estão associados à aplicação de força física propulsora?
Naturalmente que não. Basta observar o mercado e fica fácil perceber que a fórmula matemática aplicada nessa lei não se resume a isso. Cada setor de trabalho tem sua própria força propulsora, mas a fórmula é sempre a mesma. “ Toda a força que um corpo recebe é conseqüência da força que ele aplicou”.
Você acha que estou falando dos empregados?

Claro que não... o empregador, o gestor, o líder enfim, cada um tem que procurar conhecer qual é a força propulsora que o impulsionara para frente, ou para cima, como preferir. O fato é que a vida é matemática, e quanto mais conhecimento tiver de suas fórmulas, mais resultados assertivos conquistaremos.

Leia também: Não se pode colher maçã, num pé de limão!!!

domingo, 19 de fevereiro de 2017

ACREDITAR (sob o ponto de vista do motorista)

Em muitas de nossas ações nessa vida, ocupamos o papel de motorista do ônibus que nos conduz aos destinos que buscamos. Na maioria das vezes, o ônibus que conduzimos já inicia o percurso transportando passageiros, mas sempre acaba recolhendo outros passageiros pela estrada. Temos que estar preparados para conduzirmos o ônibus com responsabilidade e direção. Sem analogias chamaríamos isso de meta e foco.
Para ser um bom motorista não basta saber guiar o veículo. É necessário conhecer o veículo e suas necessidades. Vamos enumerar alguns equipamentos e recursos que o veículo deve possuir:
Acomodação: devemos oferecer o mínimo de conforto e segurança possível aos passageiros;
Estabilidade: às vezes veículos bonitos e intrigantes, não possuem muita estabilidade. Se for isso que queremos, temos que ter a noção mínima do que o veículo oferece de segurança para não provocarmos acidentes desnecessários. Ex: saber a que velocidade media podemos dirigir para realizar as curvas da vida, ter noção da estabilidade ao transpor os buracos que surgirem no caminho, etc.;
Extintores: durante a viagem da vida, muitos focos de incêndio podem surgir inesperadamente, às vezes até por mau uso do veículo. Temos que estar preparados para combater esses focos de incêndio, utilizando o conteúdo adequado para essa tarefa. (se tivermos somente extintor para um tipo de foco, podemos potencializar as chamas, ao invés de combatê-las);
Calibragem dos Pneus: na calibragem dos pneus depositamos nossos conhecimentos, nosso equilíbrio para que o veículo transcorra seu percurso com estabilidade, minimizando o risco de muitas paradas para trocá-lo, ou remendá-lo;
Cinto de Segurança: esse é fundamental para a segurança dos passageiros que estiverem no veículo. Não importa as deficiências do veículo; no cinto de segurança está depositado todo o conhecimento, equilíbrio, fundamento, habilidade, coerência, preocupação e amor do motorista... afinal, é ele que está no comando do veículo;
Faróis e Lanternas: a estrada vai ter seus momentos noturnos de escuridão plena. A intensidade do farol é o aperfeiçoamento que o motorista busca durante o percurso. Quanto mais conhecimento, mais claridade projetara na estrada, mesmo durante os períodos intensamente negros das noites;
GPS: esse é fundamental. O motorista precisa conhecer as possibilidades de atalhos, de desvios, ter noção do trânsito que irá enfrentar, ter conhecimento de cada destino que aportará. Precisa ter a capacidade de visualizar o que há de vir... e o que determinara essa capacidade e a responsabilidade dispensada na elaboração da viagem e focalização do destino;
Para-choques Firmes: determinação tem papel importante nessas viagens, pois acidentes sempre vão acontecer, sejam eles mais ou menos graves. Estar firme e pronto para continuar é fundamental.

Em muitos momentos de nossas vidas seremos motoristas. Assim como no papel de passageiros precisamos acreditar no motorista, como motoristas temos que nos preparar o máximo possível para transmitirmos credibilidade a todos que se dispuserem, ou forem condicionados a viajarem sob o nosso domínio de direção.


sábado, 18 de fevereiro de 2017

ACREDITAR (sob o ponto de vista do passageiro)

Olhando por um ângulo da vida, podemos imaginar que estamos em um ônibus. As vezes num ônibus grande, as vezes num articulado ou biarticulado, por vezes numa van. Sempre, porém, num transporte coletivo.

Como todos os transportes coletivos, existem sempre passageiros dividindo o espaço com a gente. E não é sempre que conhecemos quem está sentado ao nosso lado, ou somente próximo de nós. A verdade é que conhecemos as pessoas muito pouco.
Viajar em silêncio, pouquíssimas pessoas conseguem. Principalmente se a viagem não tiver um fim previsto. Sempre queremos falar, compartilhar nossas opiniões, ensinar alguma coisa para alguém (porque sempre acreditamos que precisamos ensinar mais do que aprender).
Ao compartilharmos a viagem com pessoas que imaginamos saber mais do que nós, comumente consideramos a ideia de ouvir. Pior...temos a premissa de acreditar nas coisas que ouvimos e nos parecem coerentes, sem filtrarmos com o crivo do fundamento.
Outras vezes, envolvemos de tal forma com os passageiros de determinados ônibus (porque geralmente viajamos em mais de um ônibus), que os desabafos dos companheiros acabam nos afetando, e tomamos aquilo como verdade até o momento em que percebemos o que aquilo está nos causando.
Os assuntos e desabafos podem ser diversos. Estou falando aqui daqueles assuntos que se referem a estrada que estamos seguindo:
A estrada está esburacada?
Oh sim, sempre haverá buracos, às vezes mais e mais profundos, às vezes menos...
A estrada tem curvas?
É óbvio que sim. Toda estrada, em algum momento, terá curvas. Às vezes mais sinuosas, outras vezes menos...
A questão é: entramos nos ônibus sem conhecer os motoristas; mas as empresas de ônibus têm históricos e são elas que contratam os motoristas... por isso, temos que acreditar que há habilitação profissional para a execução daquele trabalho.
Na vida não é diferente. Mas na vida temos a opção de escolher os motoristas que nos guiarão por aquele trecho. Então, porque não acreditar que a viagem será segura no que diz respeito ao percurso?
Muitas pessoas começam a duvidar tanto dos motoristas que escolheram que decidem descer do ônibus. E o desespero é tão grande que não esperam chegar numa parada preestabelecida para descerem. Descem em qualquer lugar...
Ficar ao sabor de quem passa na estrada é muito pior. Quando se desce nas paradas oficiais, sempre haverá outro ônibus que parará ali, e a pessoa poderá escolher em qual subirá. Mas ao ficar no meio da estrada, estará ao sabor de qualquer aventureiro que passar e concordar em dar carona... e isso pode ser muito perigoso!
Quando você entrar nos ônibus da sua vida, consulte bem sobre o histórico do motorista, para minimizar a chance de se arrepender. Entretanto, se vier a se arrepender, desça na parada oficial para poder pegar outro ônibus.
O equilíbrio, o conhecimento e a crença no que se faz, é determinante para o sucesso individual. A vida não é um jogo de roleta russa...

Leia também: ACREDITAR (sob o ponto de vista do motorista)

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Crônica do Trânsito


  
Estou cansando de motoristas que atravessam lentamente os semáforos, desimportando de que haja veículos que transitam atrás do seu, e precisam atravessar as travessas...
Também daqueles que, nas estradas, avançam pela contramão tentando vencer a fila de carros, como se todos os motoristas estivessem enfileirados atrás do caminhão por gostarem de atrasar suas viagens.
Como se os caminhoneiros estivessem em carros velozes, mas andassem naquele marasmo das subidas apenas para pirraçarem aqueles que vêm atrás...
Dos insensatos que estacionam nas esquinas impedindo a visão de quem pretende atravessar a rua com seus veículos, e fica a mercê de uma roleta russa, arriscando a sua vida e a vida que quem vem na transversal.
Estou cansado dos motoqueiros “imortais” que saem de casa pensando que são semideuses e trançam os carros como se fizessem uma toalha de crochê; como se a linha da vida fosse feita de aço; como se suas ações afetassem somente a si mesmos ou estivessem transitando sozinhos pelas ruas...
Dos motoristas que ocupam duas vagas de estacionamento e/ou fazem filas duplas para conversarem com algum conhecido, ou xavecarem alguma mulher que prestimosa encosta-se ao vidro de passageiro esticando-se inclinada para mostrar o seu poder de sedução...
Estou cansado de ver acidentes, sejam fatais ou não, provocados pela vaidade e pelo egoísmo humano que invade os espíritos como um vírus descontrolado, transformando a vida num inferno de Dante!

Estou cansado de tanto egoísmo...!