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sábado, 18 de fevereiro de 2017

ACREDITAR (sob o ponto de vista do passageiro)

Olhando por um ângulo da vida, podemos imaginar que estamos em um ônibus. As vezes num ônibus grande, as vezes num articulado ou biarticulado, por vezes numa van. Sempre, porém, num transporte coletivo.

Como todos os transportes coletivos, existem sempre passageiros dividindo o espaço com a gente. E não é sempre que conhecemos quem está sentado ao nosso lado, ou somente próximo de nós. A verdade é que conhecemos as pessoas muito pouco.
Viajar em silêncio, pouquíssimas pessoas conseguem. Principalmente se a viagem não tiver um fim previsto. Sempre queremos falar, compartilhar nossas opiniões, ensinar alguma coisa para alguém (porque sempre acreditamos que precisamos ensinar mais do que aprender).
Ao compartilharmos a viagem com pessoas que imaginamos saber mais do que nós, comumente consideramos a ideia de ouvir. Pior...temos a premissa de acreditar nas coisas que ouvimos e nos parecem coerentes, sem filtrarmos com o crivo do fundamento.
Outras vezes, envolvemos de tal forma com os passageiros de determinados ônibus (porque geralmente viajamos em mais de um ônibus), que os desabafos dos companheiros acabam nos afetando, e tomamos aquilo como verdade até o momento em que percebemos o que aquilo está nos causando.
Os assuntos e desabafos podem ser diversos. Estou falando aqui daqueles assuntos que se referem a estrada que estamos seguindo:
A estrada está esburacada?
Oh sim, sempre haverá buracos, às vezes mais e mais profundos, às vezes menos...
A estrada tem curvas?
É óbvio que sim. Toda estrada, em algum momento, terá curvas. Às vezes mais sinuosas, outras vezes menos...
A questão é: entramos nos ônibus sem conhecer os motoristas; mas as empresas de ônibus têm históricos e são elas que contratam os motoristas... por isso, temos que acreditar que há habilitação profissional para a execução daquele trabalho.
Na vida não é diferente. Mas na vida temos a opção de escolher os motoristas que nos guiarão por aquele trecho. Então, porque não acreditar que a viagem será segura no que diz respeito ao percurso?
Muitas pessoas começam a duvidar tanto dos motoristas que escolheram que decidem descer do ônibus. E o desespero é tão grande que não esperam chegar numa parada preestabelecida para descerem. Descem em qualquer lugar...
Ficar ao sabor de quem passa na estrada é muito pior. Quando se desce nas paradas oficiais, sempre haverá outro ônibus que parará ali, e a pessoa poderá escolher em qual subirá. Mas ao ficar no meio da estrada, estará ao sabor de qualquer aventureiro que passar e concordar em dar carona... e isso pode ser muito perigoso!
Quando você entrar nos ônibus da sua vida, consulte bem sobre o histórico do motorista, para minimizar a chance de se arrepender. Entretanto, se vier a se arrepender, desça na parada oficial para poder pegar outro ônibus.
O equilíbrio, o conhecimento e a crença no que se faz, é determinante para o sucesso individual. A vida não é um jogo de roleta russa...

Leia também: ACREDITAR (sob o ponto de vista do motorista)

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