Seja Bem Vindo!

A democracia é um sistema sustentado por quatro pilares: a mentira, a hipocrisia, a falsidade e a amnésia!

sexta-feira, 30 de março de 2012

VII CONCURSO RUBEM BRAGA DE CRÔNICAS


A Academia Cachoeirense de Letras (ACL) promove o VII CONCURSO RUBEM BRAGA DE CRÔNICAS, em nível nacional, com o objetivo de incentivar e divulgar a produção literária, e, principalmente, despertar o gosto pela linguagem escrita, em prosa, de acordo com o seguinte
REGULAMENTO:

1.       O tema é de livre escolha, podendo cada concorrente inscrever até 2 (dois) trabalhos inéditos, separadamente, datilografados ou digitados, em 3 (três) vias e em espaço 2 (dois),  vedada a participação dos membros efetivos da ACL.
           
2.       Com os trabalhos deverá seguir um envelope menor lacrado, constando, em sua parte externa, o título da obra e o pseudônimo; e, na parte interna, uma ficha de inscrição do autor, contendo: nome completo, pseudônimo, título da obra, endereço (com CEP), número de documento de identidade, data do nascimento, telefone para contato (com DDD) e e-mail (se houver).
           
3.       A remessa dos trabalhos, sem qualquer identificação, deverá ser feita para: Academia Cachoeirense de Letras VII CONCURSO RUBEM BRAGA DE CRÔNICAS – Rua Cel. Francisco Braga, 71 – Sala 1101 – Ed. Itapuã – Centro – CEP 29300-220 - Cachoeiro de Itapemirim (ES), valendo o carimbo postal como data de inscrição.
           
4.       O prazo de entrega terminará no dia 27 de maio, correspondendo à inscrição a simples remessa ou entrega dos trabalhos, ficando implícita a concordância dos candidatos às disposições deste Regulamento, sendo os casos omissos resolvidos pela Diretoria da ACL, cujas decisões serão irrecorríveis.
           
5.       As crônicas serão julgadas por uma Comissão constituída por Membros Efetivos da Academia ou intelectuais por ela indicados, desde que não tenham participado do Concurso, não havendo, em nenhuma hipótese, devolução dos trabalhos remetidos, reservando-se a Academia o direito de não conceder as premiações anunciadas, caso não sejam as crônicas examinadas merecedoras de tais distinções.
           
6.       Havendo 2 (dois) trabalhos do mesmo candidato, se ambos forem classificados, só será considerado o que obtiver a maior nota.
           
7.       Na classificação geral, se houver empate, prevalecerá o trabalho do concorrente mais idoso.
           
8.       Os 3 (três) melhores concorrentes receberão, em sessão solene da Academia, em dia, horário e local a serem definidos, além de medalhas e diplomas, prêmios em dinheiro, que são os seguintes: 1º  lugar – R$ 800,00 (oitocentos reais); 2º  lugar – R$ 600,00 (seiscentos reais); 3º  lugar – R$ 400,00 (quatrocentos reais), sendo os vencedores avisados com antecedência, podendo a Academia publicar os melhores trabalhos, com a citação do nome do autor.
                   Cachoeiro de Itapemirim, 27 de março de 2012.
SOLIMAR SOARES DA SILVA
Presidente da Academia Cachoeirense de Letras

              Academia Cachoeirense de Letras
                Reconhecida de Utilidade Pública
Rua Cel. Francisco Braga, 71 – Sala 1101 – Ed. Itapuã
29300-220 - Cachoeiro de Itapemirim – Espírito Santo

segunda-feira, 26 de março de 2012

“Para Quem Não Sabe Pra Onde Quer Ir, Qualquer Destino Serve...”


Eu estava inclinado a escrever esse texto criticando as secretarias de governo responsáveis pelas estradas, rodovias, turismo, suas sinalizações e mapeamentos toscos. No entanto, enquanto me preparava para compor um bom texto sobre o assunto, presenciei alguns acontecimentos que me levaram e criar esse texto com uma profundidade maior. Peço licença a vocês leitores, para que eu possa me alongar mais do que o normal, pelo fato do assunto requerer tal alteração de estilo.
Fui, recentemente, resolver algumas questões na cidade de Rio Verde – GO. Nunca tinha ido aquela renomada cidade, então decidi aproveitar a oportunidade e fazer essa viagem. Tudo ocorreu bem até a hora de ir embora. Estando eu com disponibilidade de tempo, e sendo eu um cara bem curioso e aventureiro, pensei... sempre tive vontade de conhecer a cidade de Jatai. Aliás, quando entrei no meu atual emprego, há uns bons anos, trabalhei com uma filha de Jatai que era tão marqueteira sobre sua cidade, que me despertou essa antiga curiosidade. Tenho conhecido pessoas bem especiais daquela cidade, decidi esticar até lá, mesmo sem a intenção de ver ninguém... apenas curiosidade pelo local.

Quando retomei a BR 060 não titubeei em seguir rumo a Jatai. Confesso que foi uma viagem bem surpreendente, a começar por minha decisão repentina. Chegando lá encontrei uma cidade montanhosa, que me lembrou de certas partes de Belo Horizonte. Vi a catedral, cuja arquitetura me surpreendeu pois só havia visto por fotos. Contemplei o clube termal que pode ser bem melhorado, mas dá uma bela opção de lazer, almocei no shopping que embora seja pequeno, dá a cidade um aspecto de cidade grande (embora seja uma cidade de aspectos demográficos bem relevantes).
Era pouco mais de treze horas quando parei em um posto para reabastecer e voltar pra Goiânia. Havia a indicação de uma nova saída da cidade, mas que eu desconhecia. Perguntei ao frentista sobre aquela saída e ele me deu algumas coordenadas. Entrei no carro e segui as coordenadas do frentista, até me deparar com a BR 060 novamente. Teria que tomar a direção à minha esquerda, eu sabia. Mas, de repente, vejo um velhinho subindo a pista em que me encontrava, e ele vinha da direção do trevo. Decidi, nem sei por que, confirmar a direção que eu devia tomar:
- Senhor, Goiânia está pra aquele lado né? – perguntei apontando pra o lado esquerdo.
- Não senhor... Goiânia é pra o lado de lá... – ele me respondeu convicto apontando pra o meu lado direito.
Bom... se ele é daqui e está dizendo isso, tenho que ouvi-lo. Sem confirmar o que ele havia contradito ao meu conhecimento, segui sua indicação. Havia andado mais de 100 km quando vi uma placa de saudação: “Seja bem vindo a Mineiros”. Pensei: mas Mineiros não está próximo a Rio Verde... não me lembro de ter passado por Mineiros. Envergonhado o suficiente para não precisar confirmar com ninguém dali sobre a minha localização, liguei pra minha irmã simplesmente para que ela confirmasse que eu estava a cento e poucos quilômetros mais longe de Goiânia, do que quando sai de Jataí.
Confesso que roguei uma praga no velho, e que nem vou ousar repeti-la aqui. Confesso também que a praga voltou pra mim, e não voltou em toda intensidade na qual havia rogado no velho, porque tratei de me retratar antes que a coisa ficasse muito feia. Mas uma viagem de 300 km se transformou em 549 km. Uma viagem de umas quatro horas, se transformou em sete horas de viagem.
Quem me conhece sabe que depois de alguma turbulência gosto de buscar algum aprendizado do acontecido. Diante de tanto contraditório desse fato, comentando com a minha irmã, concluímos o seguinte:
A grande lição:
Às vezes, ou, muitas vezes sabemos exatamente o caminho que devemos seguir. Por motivos de baixa estima, insegurança, falta de fé, e outros fatores por vezes mesquinhos, perguntamos aos outros, o que fazer?... é claro, se não der certo temos a quem culpar. Outras vezes é por pura covardia...
Os caminhos que tomamos, nessas circunstâncias, muitas vezes acabam nos levando para o mesmo destino. No entanto, quando pedimos opinião, por vezes caminhamos muito mais pra chegarmos ao mesmo lugar que chegaríamos se tivéssemos assumido a nossa coragem, e tivéssemos sido donos do nosso destino.
Aquele velho do trevo me mostrou simplesmente que, se eu sei o que fazer, estou perguntando pra que? Pra receber informação errada e gastar minha energia à toa? Pra perder a oportunidade de fazer o certo porque alguém que nem sabe do que se trata está me dizendo que tenho que fazer diferente?

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sábado, 24 de março de 2012

Você Disputaria o Amor de Alguém?



Outro dia li uma manchete na capa de uma revista reproduzindo a fala de uma atriz famosa que afirmava que: não disputa amor de ninguém...
Isso me fez refletir muito. Se X ama Y e o P de Puto entra na jogada pra “disputar” o amor, então pergunto: O que o P de Puto esta disputando?
Um dos resultados de quando se busca o significado de disputa é: “O que é disputa: s.f. Discussão, altercação, rixa, contenda. Prélio esportivo.” Então podemos concluir que uma disputa é algo relacionado à competição. Veja Prélio dentre outros significados: “combate, batalha, duelo, luta, peleja, etc. ” Mas qual o significado de amor? Amor: “afeição, amizade, apego, inclinação, ternura, etc.”
Coloquei o significado dicionarizado de amor, mas ele é muito mais do que isso... é cumplicidade, por exemplo. Como, então, alguém pode disputar a cumplicidade de alguém e ganhar? E no lugar de cumplicidade leiam-se todos os adjetivos dados a amor. É possível o P de Puto conquistar isso do X, deixando o Y derrotado? Porque esse é o resultado da disputa...(nesses casos o empate seria o significado de resultado ainda mais lacônico no que diz respeito a falta de amor...o trio estaria vulnerável a outros Ps de Putos).
Se X ama Y de verdade, pode até ser que haja alguma inclinação envolvente para o P de Puto, mas não vai passar de algo momentâneo, porque o amor não é algo que se desfaça através de um novo envolvimento qualquer.  Faça-se um mal entendido em um relacionamento e ele estará desfeito, mas não o amor se este for autêntico.
Qual o sentido, então, de se entrar no pleito de um amor para tentar disputá-lo? O P de Puto pode até amar o X que ama o Y, mas terá sido um acidente de percurso, porque ninguém é capaz de desfazer um amor autêntico. Mesmo considerando que as pessoas confundem paixão, desejo, tesão e esses sentimento menores com amor, ainda assim o risco que se disputar um pleito desses é grande.
No mundo há sete bilhões de pessoas, e não é possível que não se possa encontrar uma pessoa que ame o P de Puto. Pode até ser que X não ame Y ou vice-versa, mas há que se respeitar o sentimento que está sendo vivido naquele momento. Embora a teoria seja bela, pois no coração ninguém manda, enquanto P se concentra em tentar conquistar o X que ama o Y, N estão pensando no P que não percebe nada, e está perdendo grandes oportunidades de relacionamentos saudáveis.
Com sentimentos amorosos não se disputa(brinca)... eles são interiores e não mostram suas forças e fraquezas, apenas são... e qualquer resultado que se obtenha dessa disputa, correrá o risco de não se ter autenticidade, pois nasceu de um outro pseudosentimento autêntico... então depois de refletir sobre isso me responda a pergunta introdutória:
 “Você Disputaria o Amor de Alguém?”


 Atenção: os direitos da imagem utilizada pertencem a www.scrapsdinamicos.com.br
 

quarta-feira, 21 de março de 2012

Prevaricação Cultural ou Humana?

Convivo em casa com três cães. Nem me refiro a elas como cães, com todo respeito à parte que toca, digo, as meninas. São dóceis e amáveis... acho que fui redundante. Mas acentua o que elas representam. E se for preciso sei que dão a vida por mim. Esperam-me chegar de viagem como se eu tivesse saído de casa há poucos minutos... sempre felizes. Parece que estão sempre gratas por estarem ali recebendo comida, banho, água e carinho. Tem uma pequenininha que é a minha paixão. Se me sento ela raspa a perna da minha calça com as unhas indicando que deseja vir pra o meu colo, e vem. Se der trovões, foguetes, ou qualquer estrondo como a ameaça de uma chuva com ventos, já é o bastante pra ela querer colo. Tenho que parar tudo que estou fazendo pra acudir a pequena... e paro. A do meio eu tenho certa implicância com ela por alguns detalhes que não vem ao caso citar aqui. Mas ela me ama... se eu tivesse uma mulher que me amasse tanto quanto aquela cachorra me ama, nem sei como seria... sinceramente, não seria porque não acredito em perfeição. A maior e mais velha e fiel. Limitamos os espaços dela devido ao tamanho, mas ela agradece... sempre.
É muito fácil se apaixonar por esses animais. Embora vejamos muitos atos de maltratos que nos indigna por não compreendermos o que as pessoas pensaram naquele momento. Não sei o que seria se pegassem uma das minhas “meninas” em sequestro. E talvez você me pergunte, em sequestro? E eu respondo: sim, em sequestro... e digo mais, pra ser vendido e consumido como iguaria; imagine que absurdo seu melhor amigo sendo sequestrado pra ser consumido como iguaria? Pois é esse o ponto de vista dos defensores de animais que lutam de forma justa pela defesa dos cães. E se tiverem curiosidade podem se aprofundar na calamidade feita com esses bichinhos, e que está descrita nessa reportagem de coisas acontecidas em outro país, mas que são reais: http://www.jn.pt/PaginaInicial/Mundo/Interior.aspx?content_id=2021938
Mas ai começo a pensar se isso é um fator humano ou cultural. Defendo os meus bichinhos enquanto me delicio com um lauto churrasco...e se aquela vaca ou aquele porco fosse de estimação? Conheço uma pessoa que amava um coelhinho de todo coração, até um dia que chegaram à casa dela e havia uma carne diferente, e era o coelho. Absurdo, pessoa louca? Mas não criamos nossas galinhas no nosso quintal igual aos nossos cães?
Para não ficar me alongando muito, quero apenas fazer uma pergunta... então qual será o destino dessas vaquinhas domésticas na foto acima? Foram encontradas por mim circulando como cães pelas ruas da cidade de Caldas Novas. Como diria o Chapolin Colorado das vaquinhas: Quem poderá nos defender?
Pense nisso...enquanto estiver comendo a carne do almoço, olhe para o seu cão... até mesmo porque, as vezes, você ainda compartilha da carne com ele...

terça-feira, 20 de março de 2012

Nossas Mãos


Quero apenas segurar a sua mão, como um pai amável segurando a mão de seu filho; como um amante apaixonado segurando a mão de sua amada; como um guia dedicado segurando a mão de quem ajuda. E então, caminhar em silencio pelas colinas da ilusão, onde as coisas são belas, mas não perfeitas. Olhar o sol nascer redondo, quadrado, octogonal, ou em qualquer forma que ele quiser dar ao dia. Quero te levar as margens da represa, onde as águas são límpidas, temperadas, onde não se afoga o corpo, mas onde se podem afogar as amarguras da alma e depois sair vibrante, caminhando, nossas mãos dadas.
Quero sentir a umidade da sua mão, se misturando com a umidade da minha. Mãos que podem até estar calejadas pelos tijolos que pegamos constantemente pra construir o castelo de nossas vidas. E permanecer assim contemplando o céu azul reluzente que feito um colchão macio recebe o sol de dia e a lua de noite. E por falar em sol e lua, quero segurar sua mão firmemente para que não venhamos a ser como o sol e a lua que se encontram somente quando há um eclipse.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Apenas Hoje


Hoje quero ouvir a voz do silêncio,
Essa voz muda e introspectiva
Que sussurra no meu interior que não está vazio.
Quero ouvir o grito mudo do silêncio
Afluindo com os tuns tuns pulsantes
Que escorrem pelas minhas veias senis.
Quero excluir meus pensamentos cálidos
E num pedido mudo dizer para eles
Baterem asas silenciosamente
E abandonarem minha mente importunada.
Apenas hoje
Vou permitir que esse silêncio ensurdecedor
Varra a minha alma e a limpe de todos os descaminhos.
Que a água santa do silêncio
Lave os cantos escondidos dos meus pensamentos
E faça de mim um ser melhor.
Apenas hoje
Quero sorrir somente pra mim
Porque será o sorriso mais sincero que já recebi;
Apenas hoje
Quero dizer no meu ouvido: eu te amo
E acreditar que essa voz me diz a verdade;
Apenas hoje
Quero estender-me a mão
E sentir que minhas mãos estão interessadas nesse afeto;
Apenas hoje
Quero acreditar no homem:
Eu
Em mim
E então dizer silenciosamente em meu ouvido:
Esse foi o dia mais feliz da minha vida!

sexta-feira, 16 de março de 2012

Minha Grande Mentira


Mesmo se um dia disser que não te quero
E meus olhos não olharem firme os seus,
Mesmo se um dia disser que não te amo
E meus lábios tremerem e não dizerem adeus
Estarei caluniando meus desejos
Esfolando minha alma sem motivos
Expulsando de meu peito o coração
Arrancando de meu rosto os sorrisos.
Pois você é para mim todo meu sonho
Que enfim realidade se tornou
E pra mim não haverá nada no mundo
Que de a felicidade
De quando em minha vida você entrou.
Se algum dia lhe disser por algum motivo
Que meus versos não serão mais para ti;
MINTO...