Quero apenas segurar a sua mão,
como um pai amável segurando a mão de seu filho; como um amante apaixonado
segurando a mão de sua amada; como um guia dedicado segurando a mão de quem
ajuda. E então, caminhar em silencio pelas colinas da ilusão, onde as coisas
são belas, mas não perfeitas. Olhar o sol nascer redondo, quadrado, octogonal,
ou em qualquer forma que ele quiser dar ao dia. Quero te levar as margens da
represa, onde as águas são límpidas, temperadas, onde não se afoga o corpo, mas
onde se podem afogar as amarguras da alma e depois sair vibrante, caminhando,
nossas mãos dadas.
Quero sentir a umidade da sua
mão, se misturando com a umidade da minha. Mãos que podem até estar calejadas
pelos tijolos que pegamos constantemente pra construir o castelo de nossas
vidas. E permanecer assim contemplando o céu azul reluzente que feito um
colchão macio recebe o sol de dia e a lua de noite. E por falar em sol e lua,
quero segurar sua mão firmemente para que não venhamos a ser como o sol e a lua
que se encontram somente quando há um eclipse.
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