Na hora da dança
Se era criança
Ou se não ninguém sabe
Se sabe
Que fora um ato pensado
Na hora da dança
Quando se esfolou.
Foi uma queda
Fazendo ferida
E depois da caída
Já se alevantou
Rancou de um punhal
Meio enferrujado
Rodou capoeira
E a terra cortou
A pista de dança
Era de chão batido
Mas tinha poeira
Que se alevantou
Mulheres correndo
Meninos chorando
E os homens valentes
Olhando pro chão,
Quem deu a rasteira
Enquanto dançava
Agora esquivava
Quietinho num canto;
Punhal empunhado
Perna rodopiando
Um grito urrando
Boiada a correr:
Não ficou ninguém
Pra contar a estória
Que se dane a glória
Ninguém quer morrer!
Nenhum comentário:
Postar um comentário