Poderia
escolher qualquer coisa
Poderia nunca
partir
Simplesmente,
poderia ficar;
Poderia não
tentar
Poderia
simplesmente me manter inerte;
Poderia não buscar
Apenas esperar
o que viesse de bom grado...
Poderia escolher
não sofrer
Pois as
escolhas certas ou erradas
Sempre nos
cobram alguma coisa;
Poderia me
calar
E não expor
meu coração, a minha alma,
Deter-me no
trivial
Ocultar-me
Viver o que se
denomina de normal.
Mas não
conheceria as dificuldades da vida
As coisas
que me enlouqueceram, algumas vezes,
As dores que
quase destruíram a minha alma,
Mas que
serviram de combustível
Para que eu
desse mais um novo passo.
Não teria
aprendido a caminhar
Mesmo quando
parecia estar sozinho
E precisei
me apoiar nos calos
Das quedas
involuntárias
Que os novos
caminhos me aprontaram.
Não teria
sabido responder à vida
Quando fui
radicalmente desafiado
E tive que
buscar os argumentos acumulados
Nas experiências
vis que obrigaram
A aprender
respostas certas...
Não teria
aprendido que a vida
É feita de
quedas e glórias
E que os
calos do corpo e da alma
São argumentos
marcados em nós
Para que a
vida se torne verdadeiramente bela...
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