Ah, esse
vento que sopra vagamente empurrando todas as coisas
Esse frio
que corta a nossa pele como se a vida se resumisse a vestir blusas
Essa areia
que vem com o vento e às vezes enche nossos olhos
Essa escuridão
que às vezes nos envolve nos afastando de tudo...
Tudo que são
apenas sensações, mas é de sensações que vivemos
E são essas
mesmas sensações que nos enchem de prazer, vitórias e angustias
E quando
menos se espera, no piso sólido surge uma mancha de graxa
Essa coisa
escorregadia que quase nos joga ao chão...
Quando então
cingir minha alma com a luz dos seus olhos,
Labaredas flamejantes
do fogo interior que nos queima intensamente
Quando essa
luz brilhar sobre mim, em mim, me queimando as retinas
Com a
intensidade de um maçarico a me derreter os sentimentos ruins
Quero sorrir
e cantar, mesmo que desafinado
Mesmo que eu
pareça leso por atitude tão infantil
Pois a vida não
dá calores e amores a quem não está pronto pra recebê-los
E mesmo que
receba sem estar preparado não saberá o que fazer com eles
Nenhum comentário:
Postar um comentário