Hoje o dia amanheceu nublado
O sol não quis aparecer pra mim
Nem estrelas no dia não ensolarado
Vieram festejar esse arlequim...
Espero que as folhas não murchem
Por onde eu passar, por onde enfim
Vingar a minha noite enclausurado
No átrio, na soleira de um jardim.
Olhando a vida que já não me via
Na noite sem luar, sem luz pra mim
Cobrando de eu mesmo a retirada
De um largo sonho triste que é assim.
As nuvens que meu céu agora cobre
São nuvens passageiras, sei tão bem
Que turvam alguns dias sem futuro
Que caem sobre a vida de alguém
Soleira da tristeza moribunda
Que nunca atinge quem não quer saber
De lá a vida besta feito u’a tunda
De cá a vida que se quer fazer...
Nenhum comentário:
Postar um comentário