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sábado, 14 de abril de 2012

Crônica de Sábado – Parte II


Depois de sair do hospital, hoje pela manhã, entrei a esquerda para tomar a rua que passa por trás do hospital e seguir até o centro de Caldas Novas. Quem conhece Caldas Novas vai saber de que rua estou dizendo. Mas pra que não haja dúvidas, vou fazer propaganda de uns comércios aqui dos quais vou lá cobrar meus direitos...rs!!! Estou falando da Rua do Cidu’s Restaurante, e da galeria Portal do Sol onde tem um prédio enorme sendo construído ao lado. É justamente desse prédio que vou falar.
Estava passando diante do prédio, vagarosamente, com o vidro do meu lado totalmente abaixado, deslizando pela rua e curtindo a manhã de sábado e a agulhada que nem doeu, quando me deparo com a cena. Uma moça com roupa típica de ginástica, calça cinza coladinha no corpo, uma blusa preta solta, daquelas que caem deixando o ombro de fora, uns óculos de sol gigante (atualmente não seria diferente), um chapeuzinho bem charmoso. No momento em que a vi, ela estava iniciando sua passagem diante do prédio.
Diminui ainda mais a velocidade e fiquei observando pelo retrovisor, enquanto a moça arrumava a blusa de forma que os dois ombros ficassem a mostra. Caminhava num misto de pressa, vagareza e desfile, tornando o rebolado tão sensual quanto ela conseguia produzir. Cabeça firme pra frente, como se não tivesse noção de que estava passando diante de uma obra. Logo pensei:
Essa criatura bela amanheceu com a autoestima baixa... coitado de mim, então, que amanheci no sábado indo tomar uma agulhada no braço...
Quis apreciar a cena imaginando longos silvos saindo dos andares esqueléticos do prédio, e ovacionadas empolgantes com o grito: Gosssstoooooooooooooooooooosa!!! E acredito que ela também esperava por isso... mas o prédio manteve-se num silencio tão sepucral quanto a justificativa por ele ser apenas um esqueleto, ainda...
Logo pensei:
A viadagem atingiu os pedreiros e serventes também? Até a pouco ainda se ouvia dizer de mulheres que se levantavam e se arrumavam somente pra passar diante das obras e ter sua autoestima erguida por assovios e gritos de gossssssstooooooooooooosa... o que estará acontecendo então?
Logo repensei:
E se tivesse passando um marombado...será que a reação seria diferente?
- Olha menina da calça cinza... se você, por ventura, ler minha crônica, saiba que eu era aquele carro vermelho que estava passando na hora do seu pré-suicidio, mas se você estiver lendo esse texto, é porque ainda está viva e não tem porcaria melhor pra fazer... então, saiba que você estava linda, embora completamente disfarçada sob tantos paramentos, o que te dá ainda mais crédito.
E a moral da história é:
Autoestima hoje em dia, deve ser buscada diante de um espelho e o próprio olhar crítico, pelo ponto de vista positivo do ser. Porque, sinceramente, nunca se sabe diante de que gênero estará passando, no momento em que se busca um elogio... e pra o seu final de semana não ficar tão incompleto e eu não morrer de vergonha da minha classe (masculina)... nunca fiz isso na rua, mas levando em consideração que o meu pai foi pedreiro e sempre honrou as calças... vai uma representação da classe (desses profissionais) que ainda se honra:
FiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiuuuuuuuuuuuuuuuuFiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiuuuuuuuuuuuuuuuuuu!!!
Tenho dito.

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