E me esquecer
De mim,
Também,
Esperarei não gozar do prazer
De saber
Que existi.
Pode a vida viver sem vida ?
Pode o amor sobreviver sem amor ?
E o claustro
Mora dentro de nossos corações
Sem pudor
De ser.
Soldados virtuais
Em almas condenadas
Por saber
O que sente
Sempre.
Se,
Sozinho eu ficar para sempre
No viver
Íntimo,
Morrerei.
Pois,
Um caminho só tem emoção
Se trilhado
A dois.
Quem poderá conduzir-me se eu falhar ?
A quem poderei ensinar o que aprender ?
No entanto,
Caminho sobre o oceano à procura de uma ostra
Rebelde e brilhante
Que recusa
Minha ofuscada luz
Inebriante.
Insolente que sou
(Inóspito sentimental ?)
Indigno, talvez,
Mas lúcido quando decidido.
(Indolente ?)
Inseguro talvez.
Porém,
Se algum dia não voltar a te ver
Esperarei não gozar do prazer
De saber que existi.
E me esquecerei
De mim
Também,
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