Encarcerado e sozinho
em sonhos
e divagações sagradas,
caminho.
Pálidas noites, mesquinho
e tristonho,
dias e noites geladas.
Por que ?
Não serei eu um vilão de papelão ?
E lágrimas secas de angústia
soletram em meu coração,
palavras doces, sonhadas,
fazendo das noites geladas
dias de solidão.
Confesso,
sonho acordado,
dia e noite sem carícias,
desejos extravasados
entrecortados de malícia.
O computador companheiro
recebe a loucura poética
em segredos metafóricos.
Esse amigo verdadeiro
de memória esquelética
e sem recursos retóricos.
E você em algum lugar
sem eu (você) saber o que faz (ço)
nós, em busca de (es) paz (ço).
Acordei esta manhã
Morrendo de saudades
Olhando-te na memória
- imagens magnificas -
Teus olhos a me olharem
Eu feliz.
Não sou poeta, sou um romântico,
perdido no século da tecnologia
ofuscado pela magia
da máquina comunicante
que me faz alucinante
terapia.
Um dia serei, prometo,
o sol que brilha em seu corpo
a lua que brilha em seu quarto
pela fresta solitária.
A água que banha o seu corpo,
o cheiro da sua pele
o seu riso na madrugada
seu cobertor no inverno
o batom de sua boca
sua fonte de prazeres.
Não permitirei:
- que passes frio no inverno
- que chores de solidão
- que durmas sem fazer amor
- que não aches o mundo belo
- que fiques triste algum dia
- que não sofras por alegria
- que não beijes todos os dias
Quero que percebas
que a vida é uma corrente
que os elos são a gente
vivendo o dia a dia
nessa doce agonia
de quem ama.
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