Em florais imaginários
de noites enluaradas,
a minha febril alucinação:
não tenho medo da vida,
não tenho medo de nada,
temo o coração.
Como um anjo afogueado
de meus sonhos, acordado,
você me trouxe paixão.
Nesse mundo de cristal,
você apossou-se de mim
sem a menor piedade;
com sua voz celestial
e os seus lábios carmim,
disse: Te amo de verdade!
Hoje vivo em grande dor
sozinho e sem teu amor,
na mais vil mediocridade.
Nas noites olho p’ra o céu,
seu azul negro, voraz,
figura minha solidão;
procuro os seus lábios de mel
sentindo o sabor fugaz,
que foi a nossa paixão.
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