É na calada da noite
Que o poeta busca inspiração.
Em divagações,
Organizadas ou desorganizadas,
Esmerila as palavras
Que darão vida
Ao seu canto poético.
Como a lua,
Que penetra pelas frestas,
O poeta sai da sombra
Da lúcida razão.
Enquanto a cidade dorme
O sono da realidade,
Sonhando com a irrealidade,
O poeta inventivo
Soletra o beaba do amor.
Suplicando por vida,
Real e imaculada,
Pernoita sobre o computador.
Divaga alucinado
Pelas esquinas sombrias
Da imaginação pedante.
Supõe ser discípulo
Da beleza oculta
Da vida inebriante.
Colecionador de lástimas
Com sua alma chorosa
Tenta transformar
A noite solitária e sombria
Num dia claro e vibrante.
Emocionado,
Relata divagações
De seu mundo secreto,
Caverna de solidão,
E acertos malogrados
Com a vida.
Perscruta o caminho da lua,
Com seu brilho de cristal
Que abre trilhas
Na escuridão.
Então o poeta feliz,
Vai dormir seu sono justo
Pensando ter cumprido
Um pedacinho de sua missão.
E quando amanhecer
Que as pessoas retomarem
Seus caminhos de realidade,
Após uma noite
De inverdade,
Nem saberão
Que o poeta sozinho
Varou a noite divagando
Tentando dar luz
A escuridão.
...DEMAIS Silvera, tô pensando em colocar algumas linhas aqui, colocar o q sai da minha cabeça nos meus momentos de insônia...
ResponderExcluirManda ver, meu amigo... sinta-se a vontade!
ResponderExcluirÉ verdade enquanto dormimos o poeta ´busca dar luz a escuridão e nós ao acordarmos, retomamos o caminho de realidade, após uma noite de incerteza, inverdade` lindo, lindo poema, muito bom Silvio. Parabéns!
ResponderExcluirObrigado Roselaine!
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