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terça-feira, 11 de janeiro de 2011

BEIJING, um beijinho feminino em nossos corações!

Embora estejamos chegando na próxima olimpíada, gosto muito desse texto e quero repetí-lo aqui, até mesmo porque o público que o lerá e outro... diferente do público onde o texto estava publicado!
Com a chegada do final de 2008, senti o desejo de republicar esse texto que representa um grande feito Histórico ao desenvolvimento da sociedade brasileira, no que diz respeito a discriminação contra a mulher...
Tive muita vontade de escrever sobre esse assunto, mas me senti tão incompetente para tal, como me sinto agora. Tem coisas que não podem simplesmente ser ditas, pois exigem poesia em sua explanação. Beijing me lembrou, durante todos esses dias de Olimpíadas: beijinho. E beijinho é uma palavra muito carinhosa, e que deve expressar ao ser ofertado, um alto grau de carinho. Conhecemos o beijinho quando ainda bebezinhos ao recebermos de nossas mães aquele delicioso estalinho no rosto, sobre o qual não temos qualquer informação e nem sabemos o significado, mas já somos capazes de senti-lo.Nem toda mulher é mãe, e por isso não quero misturar as coisas neste texto. Mas toda mulher também já recebeu esse estalinho delicioso de outra mulher; sua mãe. Sendo mãe ou não, cresceu com aquele sentimento a mais que elas conseguem cultivar, e que talvez esteja associado ao fato de terem útero.O fato é que por muitos séculos esse sexo maravilhoso esteve fadado a expressões repressivas, vindas daqueles que conheceram o beijinho através delas, ainda em seus berços e braços. E ao crescerem diziam que elas não podiam votar; não podiam sair na rua; não podiam levantar a cabeça diante de outro homem; não podiam levantar a cabeça diante de seu homem; não podiam isso; não podiam aquilo...Ainda assim, continuavam dando beijins em seus meninos que cresceriam e se transformariam em homens repressores. Mas, por conseguinte não dá para apontar culpa a esse ou aquele sexo, pois a sociedade pensava assim, e a maioria das mulheres acreditava que esses pensamentos menores condissessem com a verdade. Tudo, porém, tem um fim, ou um começo. Algumas dessas maravilhosas mulheres um dia levantaram a cabeça, olharam profundamente nos olhos da sociedade e falaram em voz alta: isso está errado. Começou, então, uma luta que somente elas sabem travar. Uma luta ora silenciosa, ora de muito alarde, reclamando direitos que estavam perdidos no fundo do baú da dignidade.Vocês acham que as coisas mudaram muito? Não... ainda não mudaram muito! Mas as mulheres continuam sabendo lutar. Continuam tendo forças para vagarosamente dividir as tarefas acumuladas, e conquistarem espaços que antes eram tabus masculinos. Com suas peculiares belezas, começaram a dominar o mundo em seus diversos seguimentos.Beijing, para quem ainda não se deu conta, revelou um lado poderoso dessas conquistas. Especialmente as mulheres brasileiras, cuja beleza (inclusive) é reconhecida por todo mundo. Acrescentaram a sua feminilidade uma garra que antigamente era demonstrada por elas em outros setores como no cuidado com o lar. (Imbecilidade humana pensar que uma mulher capaz de comandar as complicadas complicações de um lar, não seria capaz de se destacar em qualquer setor da sociedade...)Beijing veio como um beijinho em nossos corações carentes de vitórias. Poucas medalhas, mas preciosas conquistas femininas que arrebataram nossos espíritos. Se hoje alguém disser para outro: “você joga como uma mulherzinha”... estará fadado ao poço de ignorância mais profundo que se possa encontrar...A vocês, nossas atletas, o nosso beijin brasileiro de filhos, maridos, amantes, amigos e admiradores!Gostaria de colocar os nomes de algumas atletas aqui, mas estaria sendo injusto com aquelas que não receberam medalhas, mas se prestaram ao grandioso papel de ir lá e competir.

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