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terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Essa Coisa de Preceito

Cá no interior ainda existem preceitos que são seguidos. O grande problema, porém, de praticar preceitos em certas horas, é não ter os mesmos recebidos com a devida compreensão. Quando se trata de pessoas jovens que discriminam aqueles que praticam os preceitos, pode-se até compreender. Os jovens não estão muito acostumados com isso. Quando os preceitos são discriminados por pessoas mais velhas, aí a coisa complica. É meio difícil compreender tais discriminações, pois são atitudes que correspondem ao tempo daquele que a recusou. Outro dia mesmo, estava eu estacionado na margem da principal avenida da minha cidade, observando o trânsito, enquanto esperava  uma pessoa que entrara num comércio. Era o horário de rush e muitos carros trafegavam por aquela avenida principal quando, de repente, vi uma moto parar no meio da rua. Assim do nada, pensei, o indivíduo para no meio da rua, colocando sua vida e a vida de outros em risco, com aquele sorriso banguela estampado no rosto. A moto só pode ter estragado... ninguém em sã consciência faria uma coisa dessas assim do nada. Fiquei observando o indivíduo e pensando todas essas coisas, naquele parco tempo que não passou de poucos segundos. Mas segundos nessa situação parecem horas. E o cérebro trabalha em velocidade surpreendente para assimilar e decifrar um ato dessa casta, que no primeiro julgamento parece ir contra todos os princípios naturais e sociais. O olhar fixo naquele ponto, quase foi impedido pelo cérebro de ver aquela senhora, quase idosa, atravessando a avenida, caminhando pela faixa central. Ela sim estava correndo risco, pois sua habilidade para se movimentar com rapidez não podia ser das mais ágeis. O motoqueiro humildemente esperava que a senhora atravessasse pela frente da moto, onde a seu ver oferecia segurança. Com um sorriso banguela estampado no rosto esperava que a senhora distinta tivesse sua segurança garantida por ele. ( mesmo ele sendo alguém cuja atitude demonstra a falta de habilitação para pilotar aquele veículo). Mas estava ali, banguela, com o sorriso perdendo sua força, enquanto a senhora distinta o ignorava completamente para garantir sua travessia por trás da moto. Fiquei observando aquela cena e pensando no por que dos preceitos se perderem no tempo. Aquela senhora, que também podemos dizer que é uma pedestre inapta a caminhar pelas ruas da cidade, atravessava fora da faixa de pedestre, próxima a um semáforo. Preferia, ainda, atravessar por trás da moto daquele homem que gentilmente colocava o trânsito em risco para praticar uma gentileza.

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