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terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Jesus (!?)

Se olharmos pela janela de nossa consciência, perceberemos a necessidade que o ser humano possui de ter algo além do que a própria vida possa lhe oferecer. Deparamo-nos com alguma forma de carência a atormentar as almas e impulsioná-las para a busca desse algo mais. Alguns recorrem ao álcool, outros as drogas, as jogatinas, ao colecionismo de qualquer coisa, enfim são diversos os subterfúgios usados na tentativa de preencher essa lacuna. Urge como salvadora para muitos (a maioria talvez), as religiões e seitas. Por detrás dessas ideologias extremamente úteis encontraremos um deus; e não são poucos os deuses que encontraremos pelo mundo. De todos, porém, aos ocidentais prevalece inabalável o Deus Pai, seu Filho Jesus Cristo e o Espírito Santo. Trata-se da incontestável Santíssima Trindade do Cristianismo, que de fato salva vidas todos os dias, através da fé.
Não foi por esquecimento que omiti nos exemplos, o dinheiro. A intensidade do capitalismo que se apresenta como segunda religião (ou primeira para muitos), e cada vez, com mais amplitude se entrelaça ao Cristianismo; este que deveria ser puro e sobreviver por si só. É comum vermos o nome de Deus em todos os lugares: o que deveria provocar uma ótima sensação. Entretanto, isso não acontece quando nos deparamos com um veículo estacionado meio na rua e meio na calçada, com um grande adesivo que diz: “guiado por Deus”; ou fazendo ultrapassagens proibidas; ou na camiseta de um assaltante um grande: “Deus é fiel” etc.
Seria normal observarmos essas e tantas outras anomalias, se tais episódios não despertassem nossa atenção para outro foco: o comércio. Jesus, essa marca vende, é o que ouviremos um publicitário dizer qualquer dia. Agora imaginem se Jesus viesse dentre nós, como fez na sinagoga naquela ocasião em que expulsou os mercadores? O cristianismo acaba se tornando algo tão vulgar (ou seria menos doloroso dizer comum), que seus seguidores, em grande parte, não possuem muitas regras, alegando que os tempos são outros. Ser religioso virou moda, e não importa qual igreja se freqüente, é tudo a mesma coisa; é o que dizem.
Talvez isso seja o contágio de Brasília, onde a corrupção vigora, e a fidelidade partidária já não existe há muito. Ou será que as religiões é que têm contagiado Brasília? (embora algo diz que existe um desejo, ou necessidade de mudanças, nesse aspecto) Pode ser que os vidros da minha janela estejam embaçados, ou eu esteja ficando estrábico; o fato é que tudo está se tornando muito igual...

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