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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Tempo: o grande ordinário

Ouço constantemente a máxima de todos aqueles que talvez não gostem muito do que fazem, ou simplesmente tenham coisas mais agradáveis para fazer depois de suas obrigações. Vocês devem estar imaginando várias delas, ou ansiosos para descobrirem do que estou escrevendo. É simples... estou e referindo ao famoso: “mais um dia que termina”, ou “graças a Deus o tempo passou rápido”, ou “graças a Deus as horas passaram rápido”... e muitas outras que podem variar de região, cultura, mas que possuem o mesmo significado imperativo: o tempo está passando.
Quero falar de algo que talvez não agrade muita gente, mas que acaba sendo inevitável comentar nessas horas. O fato é que tenho muita saudade dos tempos em que eu brincava de pique–esconde, jogava bola no campinho do bairro, fazia cidade no monte de areia, e me irritava com a cidade de areia porque o carrinho era de brinquedo e eu queria dirigi-lo de verdade.
Como todo garoto eu queria que os dezoito anos chegassem logo, para poder desfrutar da tão sonhada liberdade. Talvez isso fosse uma ansiedade dos garotos da minha época; (tenho  até que perguntar para alguns garotos de hoje, se eles também sofrem dessa ansiedade). Pensava que tais dezoito anos trariam coisas inusitadas, mostrariam coisas que somente aquela tão esperada idade seria capaz de apresentar.
Não estava errado... vieram muitas responsabilidades mesmo! Um trabalho, uma família, contas a pagar, compromissos sociais bons e ruins, muita experiência nova e extasiante. E com o decorrer do tempo vieram as máximas automáticas citadas no começo desse texto. Nem ouso repeti-las... fiz quarenta anos outro dia, e comecei a repensar e a odiar a tal máxima.
Alguém pensa na expectativa média de vida de um indivíduo quando vomita essas máximas? É claro que não... mas eu comecei a pensar e descobri que essa média de vida não ultrapassa os setenta e quatro anos. Então, porque eu continuaria dizendo “enfim mais um dia que termina?”, ou “mais uma semana que termina?” se completei quarenta anos?
Outro dia me vi argumentando com uma pessoa que disse essa máxima, e então eu rebati: "para mim, é menos um dia...!" e pude contemplar um par de olhos surpresos me olhando e perguntando porque. Então respondi: tenho quarenta anos, ou seja, já passei da metade da expectativa de vida...!
Mas em compensação, tem coisas que deixam as pessoas de cabelo em pé, sem sono, ou extremamente aborrecidas... e que a mim nada afeta... eu quero mais é Viver!!!

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